Minha melhor amiga
A
gente sempre precisa de alguém que precisa da gente. Uma gargalhada em sintonia
com a outra. Um abraço apertado se formando por causa de uma pequena lágrima.
Confiança ás cegas. É mais ou menos assim a teoria de uma amizade. Como todo
relacionamento, ele tem lá suas dificuldades. Ás vezes a gente se deixa se
elevar pelo orgulho, prepotência, raiva ou até mesmo pela sede de vingança. A
gente se sente no dever de guardar nossos rancores para ajudar a resolver o
daqueles que amamos. Afinal, nossas magoas podem ser resolvidas em outra hora. Mesmo
gosto musical. Mesmo gosto pra filmes. Uma amiga talvez seja mais romântica que
a outra. Ou uma mais complicada que a outra. Mas elas estão ali, juntas, e não
é por acaso.
Você, minha
amiga, tentou resolver os meus problemas mesmo depois de todo o orgulho que
coloquei a nossa frente. E eu tentei resolver os seus, apesar de algumas
idiotices que tu cometeste. Mas, quem é que não erra, não é? E a amizade é
isso, nós aguentamos porque nos importamos, porque nos amamos. A gente se cala,
engole sapo, quando nossa vontade é de dar um tapa na cara da pessoa e gritar:
Vê se acorda pra vida, ô minha filha! Em vez disso respiramos fundo, contamos
até dez mentalmente e sussurramos com um abraço aconchegante: Vai ficar tudo
bem. E no fundo, a gente realmente acredita de que vai ficar tudo bem. E
queremos, desejamos e imploramos pra que fique tudo bem. Afinal, o sorriso dela
é incrível.
A gente grita
uma com a outra, xingamentos como “sua demônia” são naturais, mas nós sabemos que somos o anjo da guarda uma da outra. E nem sempre acreditamos nos sonhos
uma da outra, discordamos do boy dizendo que ele faz o papel do sapo e não do
príncipe. Porque eu sei que ela é uma princesa, os sapos irão se aproximar. E
em meio a tanta complicação, discordância e escorregadas pelos erros e acertos,
continuamos juntas. Sempre vai ser assim, vou vê-la realizando sonhos, chorando,
sorrindo, casando, envelhecendo. Cada detalhe da vida dela irá fazer parte da
minha e vice-versa. Então, não fique chateada quando eu lhe disser que você é “apenas”
a minha amiga, com isso, na verdade, eu quero lhe dizer que você é “apenas” o
meu tudo. E aí? Preciso dizer que te amo, bitch?
Com
amor, Letícia
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