Um amor para não recordar
Por
muito tempo quis viver dentro de um filme. Mas não queria viver em um filme com
qualquer pessoa, tinha que ser com você. Só com você. Eu realmente imaginei
você começando a se importar, a querer ver meu sorriso independente se o seu
estivesse presente em teu rosto ou não. Imaginei você me abraçando de surpresa
e sussurrando próximo ao meu ouvido um futuro a dois. E eu não fazia isso de
propósito, minha imaginação não me obedece querido. Mas depois de algumas
lágrimas derramadas, depois dessa palhaçada toda, eu aprendi uma coisa: As
pessoas, no fundo, nunca mudam.
Hoje
eu entendo que não podemos comandar em todos os nossos sentimentos. Porém,
quando queremos, logo podemos. Sem essa de “querer não é poder”. Querer é poder
sim e eu sei o quanto. Troquei o disco, deixei de escutar “Adore you” pra
escutar “Goodbye”. Pratiquei a lei do desapego e to aberta a novas emoções.
Mesmo que, ás vezes, o coração aperte e bata aquela saudade. Mas deixei você ir
embora com todos os sentimentos que eu carregava no peito. Olha que lindo? Eu
disse “carregava”, verbo do passado. E futuramente, pela pessoa certa, irei
dizer “carrego”.
Se eu ainda
vou viver uma cena de filme ou se ainda acredito nelas? Sim, acredito. Agora se
vou vivê-las? Não tenho certeza. Só tenho certeza de apenas uma coisa: Se em
algum distante eu for viver uma cena dessas, ela, felizmente, não será com
você.
Com
amor, Letícia
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